CIBERSEGURANÇA

NAVEGAR É PRECISO, SE PROTEGER TAMBÉM!
Por Leonardo Costa
O cenário digital atual é marcado por uma presença crescente da tecnologia em praticamente todos os aspectos da vida: trabalho, lazer, educação, finanças e até nas relações pessoais. Estamos mais conectados do que nunca — e isso traz inúmeras facilidades, mas também aumenta exponencialmente nossa exposição a riscos digitais.
Com a digitalização acelerada, uma quantidade imensa de dados pessoais e sensíveis circula na internet todos os dias. Empresas, instituições públicas e indivíduos lidam com informações que, se caírem em mãos erradas, podem causar prejuízos financeiros, danos à reputação ou até mesmo ameaças à integridade física.
Além disso, o avanço da inteligência artificial e o uso de dispositivos conectados (como smart TVs, assistentes virtuais e sistemas de automação residencial) criam novas portas de entrada para cibercriminosos. E o que antes era visto como uma preocupação restrita a grandes corporações, hoje se estende a pequenas empresas, profissionais autônomos e qualquer pessoa que tenha um celular ou computador.
Ataques como phishing, ransomware, roubo de identidade e vazamento de dados se tornaram comuns — e, em muitos casos, exploram a falta de preparo e informação do usuário. É aí que a cibersegurança se torna indispensável: ela não se resume apenas a softwares e firewalls, mas inclui também uma cultura de prevenção, atualização constante e conscientização.
Proteger-se no ambiente digital, hoje, é tão essencial quanto trancar a porta de casa. A cibersegurança é o novo cofre onde guardamos não só nossos dados, mas também nossa privacidade, reputação e tranquilidade.
NO DIA A DIA
A cibersegurança no dia a dia pode parecer algo técnico ou distante, mas, na prática, ela está presente sempre que você se conecta à internet, acessa uma rede social, faz uma compra online ou trabalha remotamente.
Informações como CPF, endereço, número do cartão de crédito, fotos e conversas privadas podem ser exploradas por cibercriminosos. Medidas de cibersegurança te ajudam a manter esses dados seguros, evitando fraudes e invasões.
Golpes virtuais como phishing, clonagem de cartão ou falsas promoções estão por toda parte. Com práticas simples de segurança, como identificar sites confiáveis e usar autenticação em dois fatores, você evita cair em armadilhas.
Celulares, computadores e até smart TVs podem ser invadidos. Atualizar sistemas, usar antivírus e redes seguras são atitudes que impedem que seus aparelhos virem porta de entrada para ataques.
Quem trabalha de casa precisa proteger documentos, senhas e dados da empresa. A cibersegurança garante que sua conexão seja confiável e que sua produtividade não seja interrompida por vírus ou invasões.
Ao adotar hábitos de cibersegurança, você se torna mais atento ao que compartilha, aos links que clica e aos aplicativos que instala. Isso pode ajudar você a se tornar mais consciente e preparado para lidar com o mundo digital de forma segura.
CHECKLIST DE SEGURANÇA DIGITAL PARA O DIA A DIA
SENHAS E ACESSO
- Crie senhas fortes com letras, números e símbolos
- Use senhas diferentes para cada conta
- Ative a verificação em duas etapas (2FA) sempre que possível
- Nunca compartilhe suas senhas com outras pessoas
- Use um gerenciador de senhas confiável, se possível
DISPOSITIVOS PESSOAIS
- Mantenha o sistema operacional e aplicativos sempre atualizados
- Instale um antivírus confiável em computadores e celulares
- Bloqueie seus dispositivos com senha, digital ou reconhecimento facial
- Desative o Bluetooth e o GPS quando não estiver usando
- Evite instalar apps de fontes desconhecidas
NAVEGAÇÃO E INTERNET
- Evite usar redes Wi-Fi públicas sem proteção
- Nunca forneça dados pessoais em sites sem HTTPS (cadeado na barra do navegador)
- Verifique a autenticidade de links antes de clicar — principalmente em e-mails e mensagens
- Não baixe arquivos ou programas de sites suspeitos
- Use um bloqueador de pop-ups e extensões de privacidade no navegador
E-MAILS E MENSAGENS
- Desconfie de e-mails com erros de português ou tom de urgência
- Não clique em links ou abra anexos de remetentes desconhecidos
- Cuidado com mensagens de “ofertas imperdíveis” ou “premiações”
- Verifique sempre o endereço do remetente (pode ser uma imitação)
- Nunca forneça senhas, dados bancários ou códigos de verificação por mensagem
COMPORTAMENTO ONLINE
- Pense antes de compartilhar dados ou fotos pessoais nas redes sociais
- Evite divulgar sua localização em tempo real
- Desconfie de contatos que pedem dinheiro ou dados pessoais, mesmo que sejam conhecidos
- Mantenha backup dos seus arquivos em local seguro (nuvem ou HD externo)
- Atualize-se sobre golpes e notícias de segurança digital
NA ÁREA MILITAR
No contexto militar, a cibersegurança envolve a proteção de sistemas de comando e controle, redes de comunicações, dados de inteligência, infraestrutura crítica (como satélites, sistemas de mísseis e radares), e toda a cadeia de defesa digital. Isso inclui tanto a defesa cibernética (proteção contra ataques) quanto a ofensiva cibernética (capacidade de atacar alvos digitais inimigos).
POR QUE É TÃO ESTRATÉGICA?
Informação é poder – Quem controla ou compromete a informação em um ambiente militar pode comprometer operações, desestabilizar defesas ou até gerar caos sem disparar uma única bala.
Dependência tecnológica – Forças Armadas modernas operam com armamentos e sistemas altamente informatizados. Um ataque cibernético pode paralisar drones, aviões, navios ou sistemas de comando.
O FUTURO DA GUERRA
A guerra do futuro não será travada apenas com tropas em campo, mas também com algoritmos, inteligência artificial e redes neurais. As batalhas acontecerão também em bits — com drones hackeados, fake news que desestabilizam países, satélites espionados ou neutralizados e sistemas de mísseis comprometidos à distância.
Por isso, investir em cibersegurança na área militar é investir na soberania, na proteção da população e na paz duradoura — porque, neste novo tipo de guerra, o primeiro impacto pode não ser sentido, mas pode ser devastador.
AMEAÇAS FREQUENTES:
- Invasão de bancos de dados militares;
- Sabotagem de sistemas de armas;
- Disseminação de desinformação em operações de guerra psicológica;
- Ataques de ransomware a instituições militares;
- Espionagem cibernética e roubo de propriedade intelectual bélica.