Amamentação e Introdução alimentar

Amamentação e Introdução alimentar

Proporcione o desenvolvimento saudável na primeira infância

Por Leonardo Costa

A amamentação e a introdução alimentar adequada desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento saudável dos bebês durante a primeira infância. A amamentação não apenas fornece todos os nutrientes essenciais que um bebê precisa nos primeiros meses de vida, mas também fortalece o sistema imunológico, reduzindo os riscos de doenças e infecções. Além disso, o ato de amamentar cria um vínculo emocional profundo entre a mãe e o bebê, promovendo um desenvolvimento cognitivo e emocional saudável desde o início.

O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida.

À medida que o bebê cresce, a introdução alimentar marca uma transição crucial para a diversificação da dieta e o desenvolvimento de habilidades motoras e sensoriais. Introduzir alimentos sólidos de maneira adequada e oportuna, seguindo as recomendações médicas, ajuda a garantir que o bebê receba os nutrientes necessários para um crescimento saudável. Além disso, a exposição a uma variedade de alimentos desde cedo pode influenciar positivamente as preferências alimentares futuras da criança, promovendo hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida.

Portanto, conscientizar a sua rede de apoio sobre a importância da amamentação e da introdução alimentar adequada é essencial para garantir o melhor começo possível na vida de seus filhos. Investir nesses cuidados nos primeiros anos não apenas promove o crescimento físico, mas também contribui para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, estabelecendo as bases para uma vida saudável e feliz.

Amamentação

Ela oferece uma série de benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe. A amamentação traz a nutrição ideal para atender as necessidades da criança, além de anticorpos e outros componentes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico. Ela também protege contra uma variedade de infecções e doenças, incluindo infecções respiratórias, gastrointestinais e alergias.

A amamentação pode ajudar a reduzir o risco de certas condições de saúde para as mães, incluindo os riscos de hemorragia e depressão no pós-parto, câncer de mama, colo de útero, ovários, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto. Além disso, amamentar pode ajudar na recuperação pós-parto, promovendo a contração do útero e a perda de peso.

Como amamentar

Amamentar corretamente garante uma boa alimentação para o bebê e previne problemas como mastite ou fissuras mamárias. Amamentar não deve doer. No início pode haver algum desconforto até que mãe e bebê se adaptem à amamentação, que deve ser prazerosa tanto para a mãe, como para o bebê.

Preparamos um passo a passo básico:

  • Escolha um local tranquilo e confortável, onde ambos possam relaxar sem distrações.
  • Segure o bebê próximo ao seu corpo, com o corpo dele virado para você. Apoie a cabeça e o pescoço dele com uma mão, enquanto com a outra, segure o seio de forma a deixar a aréola completamente na boca do bebê.
  • Certifique-se de que o bebê tenha uma boa pega, com a boca bem aberta e os lábios virados para fora. O nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo, evitando rachaduras nos mamilos.
  • Ofereça os dois seios em cada mamada, começando com o seio que o bebê não mamou na última mamada, para estimular a produção de leite e esvaziar completamente os seios.
  • Mantenha uma postura relaxada e confortável durante a amamentação, apoiando as costas e os braços com almofadas, se necessário. Se o bebê estiver fazendo barulhos ao mamar, como, por exemplo, som de estalos, ele pode estar engolindo ar. Nesse caso, é importante segurá-lo junto ao colo, em posição vertical, para que ele não tenha desconforto e também avaliar se a pega na mama está adequada.
  • Amamente o bebê sempre que ele demonstrar sinais de fome, sem se preocupar com horários fixos. Nos primeiros meses, os bebês geralmente precisam ser alimentados a cada duas a três horas.

Se você estiver com dificuldades para amamentar, não hesite em pedir ajuda a um profissional de saúde, como uma consultora de amamentação ou um pediatra. Lembre-se, nem todo choro é fome. Ele pode estar com frio ou calor, sentindo algum desconforto, fraldas sujas ou precisando de aconchego. Com o tempo, a família aprende a reconhecer melhor os sinais.

Atenção!

São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Alguns exemplos são os filhos de mães HIV positivo, para os quais a amamentação é contraindicada, e de mulheres usuárias regulares de álcool ou drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, anfetamina, ecstasy e outras), as quais devem interromper a amamentação enquanto estiverem fazendo uso dessas substâncias.

Introdução Alimentar

Quando chegar o momento certo, sinalizado pelo pediatra, conforme o desenvolvimento neurológico do bebê, os pais devem começar a introdução alimentar de forma gradual e progressiva, oferecendo pequenas quantidades de alimentos sólidos em uma colher ou com as mãos. Inicialmente, os alimentos devem ser amassados ou em purê, com consistência suave e sem pedaços grandes que possam representar risco de engasgo.

Ao longo do tempo, com a validação do pediatra, a variedade de alimentos pode ser aumentada gradualmente para incluir uma ampla gama de frutas, legumes, cereais e proteínas. O bebê deve ser capaz de se sentar com apoio, mantendo a cabeça firme e estável, para conseguir engolir alimentos sólidos de forma segura.

Precauções

Atenção aos alimentos que devem ser evitados durante a introdução alimentar devido ao risco de engasgo ou alergias, como mel, leite de vaca, frutos do mar, entre outros. Também é importante discutir a importância de supervisionar o bebê durante e após as refeições.

Sempre esteja de olho no bebê enquanto ele come, para garantir que o ele esteja seguro e evite qual quer perigo, como engasgos. Lembre-se, no caso de engasgo, a manobra de Heimlich (trações abdominais) não é indicada para lactentes.

Acesse o manual Merck Sharp & Dohme (MSD) com os primeiros socorros para obstrução das vias respiratórias.

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