MúsicoTerapia

Capaz de melhorar a saúde física e mental.
Por Leonardo Costa
A música sempre esteve presente na história, desempenhando um papel essencial na cultura, na espiritualidade e no bem-estar emocional. No entanto, sua influência vai muito além do entretenimento: a música tem um impacto significativo na saúde mental e física, sendo amplamente utilizada como ferramenta terapêutica em diversas áreas da medicina e da psicologia.
Estudos científicos comprovam que a música pode reduzir o estresse, aliviar dores, melhorar a concentração e até auxiliar na recuperação de pacientes com doenças neurológicas. Seu efeito sobre o cérebro ativa regiões responsáveis pelas emoções, memória e cognição, promovendo sensações de relaxamento, prazer e motivação. Por isso, a musicoterapia — abordagem terapêutica que utiliza sons e ritmos como recurso de tratamento — tem sido aplicada com sucesso no cuidado de pacientes com transtornos de ansiedade, depressão, autismo, alzheimer, entre outras condições.
Neste contexto, compreender o papel terapêutico da música é essencial para explorar seu potencial como aliada da saúde e do bem-estar. Seja por meio de uma canção que desperta lembranças afetivas ou de melodias que ajudam a reduzir a tensão do dia a dia, a música continua a provar seu poder transformador na vida das pessoas.
REDUÇÃO DO ESTRESSE E ANSIEDADE
Músicas suaves e harmoniosas ajudam a diminuir a produção de cortisol, o hormônio do estresse, e a estimular a liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores ligados à sensação de prazer e relaxamento. Sons da natureza, como ondas do mar e canto dos pássaros, também são usados em técnicas de meditação e relaxamento.
REGULAÇÃO EMOCIONAL E EXPRESSÃO
Para pessoas com dificuldades emocionais ou transtornos como depressão, ansiedade e autismo, a música serve como um canal de expressão e comunicação. Cantar, tocar instrumentos ou apenas ouvir música pode ajudar a liberar emoções reprimidas e promover a sensação de bem-estar.
ESTÍMULO À MEMÓRIA E À COGNIÇÃO
A música ativa regiões do cérebro ligadas à memória, sendo amplamente utilizada em pacientes com Alzheimer e demência para resgatar lembranças e melhorar a comunicação. Canções familiares podem evocar memórias afetivas e ajudar na conexão com o presente.
AUXÍLIO NA REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA
Pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC), traumas cranianos ou têm Parkinson podem se beneficiar da musicoterapia, pois o ritmo auxilia na coordenação motora e na reeducação dos movimentos. A batida da música ajuda a sincronizar os passos, facilitando a mobilidade.
PROMOÇÃO DA SOCIALIZAÇÃO E BEM-ESTAR
Participar de corais, grupos musicais ou aulas de música pode fortalecer conexões sociais e melhorar a autoestima. Isso é especialmente benéfico para idosos e pessoas em situação de isolamento.
ALÍVIO DA DOR
A música pode reduzir a percepção da dor, sendo utilizada em hospitais durante procedimentos médicos e em tratamentos paliativos. Estudos mostram que ouvir músicas relaxantes antes de uma cirurgia pode diminuir a necessidade de anestésicos e acelerar a recuperação.
MELHORIA DO SONO
Músicas relaxantes ajudam na regulação do sono, reduzindo a insônia e melhorando a qualidade do descanso. Sons suaves e ritmados desaceleram os batimentos cardíacos e induzem o corpo ao estado de relaxamento.
COMO ENCONTRAR UM MUSICOTERAPEUTA?
- Profissionais certificados: Busque por profissionais formados em musicoterapia e devidamente registrados em associações da área, como a UBAM – União Brasileira das Associações de Musicoterapia.
- Hospitais e clínicas: Muitos hospitais, clínicas de reabilitação e centros de saúde mental oferecem sessões de musicoterapia, especialmente para pacientes com transtornos emocionais, neurológicos ou em recuperação.
- Indicações médicas: Caso esteja buscando musicoterapia para tratar uma condição específica, como ansiedade, depressão ou reabilitação neurológica, peça recomendações para um psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta ou neurologista.
- Sessões individuais ou em grupo: Alguns musicoterapeutas atendem em consultórios particulares, enquanto outros oferecem terapias em grupo, como em instituições de ensino, centros comunitários e hospitais.
Se você manifestar o interesse por utilizar a música para bem-estar e relaxamento sem uma abordagem clínica, pode valer a pena buscar atividades como aulas de música, práticas de meditação com sons e terapias alternativas sonoras.