SEGURANÇA DIGITAL
Crie uma segunda camada de segurança e proteja os seus dados.
Por Leonardo Costa
Com a evolução tecnológica a movimentação de dados digitais aumentou exponencialmente. O volume de dados que produzimos com aplicativos de lazer, entretenimento e financeiro aumenta a cada dia no mundo. Se tornando cada vez mais necessária a segurança destas informações.
Muitos desenvolvedores de sistemas se preocupam crescentemente em relação à integridade, sigilo, privacidade e inviolabilidade dos seus dados. E, mesmo assim, diariamente são registrados diversos problemas relacionados a segurança de dados.
Desde o usuário anônimo a pequenas, médias e grandes empresas estão expostas a hackers e crackers.
Sistemas, tecnologias e protocolos de segurança são desenvolvidos e aprimorados. Mas, de fato, de quem é a responsabilidade de manter seguro todas as nossas informações? Uma coisa é certa, você também tem um grau de responsabilidade e também pode fazer a sua parte para dificultar a quebra de uma ação simples, mas que pode trazer grandes problemas.
Segundo uma pesquisa global, 65% dos usuários de internet no mundo foram vítimas de crimes virtuais, seja por vírus, cartão de crédito ou roubo de identidade. O Brasil está em segundo lugar, junto com a índia, como o país que mais tem vítimas de crimes virtuais, 76% dos brasileiros já foram vítimas de algum tipo de crime virtual.
Pescando dados
Os criminosos virtuais utilizam estratégias inteligentes para induzir os usuários desavisados a enviar os seus dados confidenciais, infectar os seus computadores com malware ou abrir links para sites infectados. Geralmente, a técnica mais utilizada é conhecida como phishing.
Literalmente, é como se estivessem pescando para que os usuários mordam a isca e enviem os seus dados. Geralmente, a isca é uma imitação de e-mail ou mensagem muito parecida com os websites legítimos. Por exemplo, um e-mail enviando a fatura da sua operadora de internet. A partir dele, você faz o login para visualizar a fatura e pronto, lá se vão os seus dados.
MFA
MFA é a sigla de Multi-Factor Authentication. Em português, Autenticação Multi Fator. É quando optamos em utilizar dois ou mais métodos para atestar a nossa identidade durante o acesso a um sistema, documento ou informação. Um método considerado como simples, ou seja, de um fator, é o login, com usuário e senha nas suas redes sociais.
Sem perceber, você já pode estar usando esta tecnologia. As instituições bancárias são um ótimo exemplo de utilização da autenticação multi fator. Quando executamos o aplicativo do banco, além do login e senha, também precisamos da autenticação biométrica ou utilização da chave de segurança, gerada pelo aplicativo. A autenticação em duas etapas está sendo disponibilizada como recurso opcional em diversas plataformas.
Redes Sociais
O Facebook já disponibiliza a opção de autenticação de dois fatores, com 3 opções de método de segurança para você escolher acionar: Chave de segurança, aplicativo de autenticação de terceiros ou código SMS no celular. Basta acessar “Configurações de segurança e login” e editar “Usar autenticação de dois fatores”.
No Instagram, basta acessar “Configurações”, no menu do canto superior do seu perfil. Acesse “segurança > Autenticação de dois fatores > Começar”. Escolha o método de segurança que deseja (Códigos de login de um aplicativo de autenticação de terceiros ou Códigos por SMS) e siga as instruções.
Para os usuários da plataforma Google, basta abrir a sua conta, ir no painel de navegação e selecionar “Segurança”. Em “Como fazer login no Google”, selecione “Verificação em duas etapas > primeiros passos” e basta seguir as orientações exibidas na tela.
Ao ativar este recurso, você irá criar e confirmar um PIN. Acesse “Configurações > Conta > Confirmação em duas etapas > Ativar” e insira o PIN de 6 dígitos que será solicitado quando você for acessar a sua conta no aplicativo. O PIN de confirmação em duas etapas é diferente do código de 6 dígitos que recebemos por SMS ou chamada telefônica.
Senhas seguras
Para dificultar a vida dos hackers, nada melhor que uma senha bem forte. Mas, qual o significado de uma senha forte. “Alguns caracteres a mais aumentam drasticamente o tempo que o computador de um hacker leva para quebrar a senha aleatoriamente”, explica o especialista em TI Joaquim Dias.
Especialistas orientam que senhas com 8 dígitos, usando caixa alta, caixa baixa, números e símbolos em sua composição, as tornam mais fortes e difíceis de serem quebradas. A estrutura de senha que você utiliza é que irá garantir a dificuldade da quebra dela pelos hackers.
Qt.dígito | Tipo de senha | Tempo de quebra |
---|---|---|
6 | apenas em caixa baixa | 10 min. |
7 | usando caixa baixa e alta | 3 anos |
8 | usando caixa baixa, caixa alta, números e símbolos | 463 anos |
Outra sugestão é não utilizar a mesma senha para tudo. Já imaginou se ela é descoberta? Todas as suas informações, em mais de uma plataforma, estarão desprotegidas. Crie algumas peculiaridades que possam ser utilizadas em cada login. Isso irá garantir um pouco mais de segurança caso alguma de suas senhas sejam descobertas.
Mais algumas dicas
de segurança
- Ative requisitos de segurança em seus dispositivos (senha, biometria, PIN, leitura facial e etc.)
- Nunca use a mesma senha de e-mail para cadastro em sites;
- Cuide da segurança do seu smartphone, instale um antivírus gratuito;
- Utilize senhas seguras com 8 dígitos e outros elementos;
- Verifique a segurança do seu roteador Wi-Fi;
- Utilize navegadores de internet confiáveis e tradicionais;
- Prefira sites que utilizam o protocolo
HTTPS, pois os dados serão trafegados de forma criptografada até o destino; - Não forneça informações em sites não confiáveis;
- Fique atento as Fake News e desinformação, nem tudo que está na internet é verdade;
- Tenha cautela nas redes sociais e links compartilhados;
- Não salve senhas em computadores públicos;
- Leia as mensagens antes de clicar;
- Nem todos os jogos são confiáveis no smartphone;